Alcochetense
esteve por duas vezes em vantagem…
ERA
UMA INJUSTIÇA SE ALGUMA DAS EQUIPAS TIVESSE PERDIDO
Quem
se deslocou ao Campo da Mutela, em Cacilhas, para assistir ao confronto entre o
Beira Mar de Almada e o Alcochetense referente à 1.ª jornada da fase de grupos
da taça distrital, não deu o seu tempo por mal empregue porque teve
oportunidade de assistir a um bom espectáculo de futebol que terminou com uma
igualdade a três bolas.
De
facto, foram seis golos repartidos de forma idêntica pelas duas equipas e
alguns períodos de bom futebol para gáudio da assistência que teve oportunidade
de vibrar e viver alguma emoção [principalmente nos golos] devido à qualidade
dos executantes.
Mais
adaptado às características do seu campo o Beira Mar de Almada entrou melhor na
partida e aos dez minutos adiantou-se no marcador por intermédio de José
Vitória.
A reacção do Alcochetense não demorou e passado algum tempo não só chegou
ao empate [Willy] como passou para a frente do placard [Queijinho]. A equipa
almadense não baixou os braços e ainda antes do intervalo restabeleceu a
igualdade com um golo marcado por Dino.
Na
segunda parte o jogo continuou a ser muito disputado e a primeira equipa a
marcar foi a de Alcochete com Feiteira a fazer um excelente golo, na cobrança
de um livre. O Beira Mar de Almada, apesar de ter ficado de novo em desvantagem
não esmoreceu e acabou por chegar de novo à igualdade também com um grande golo
de Penha, marcado igualmente na cobrança de um livre.
Portanto,
resumindo e concluindo, para início de época seria impossível exigir mais aos
jogadores de ambas as equipas que estiveram muito bem durante praticamente toda
a partida.
A
OPINIÃO DOS TREINADORES:
JOÃO
LUÍS, treinador do Beira Mar de Almada:
“Foi
um jogo intenso e competente de ambas as partes”
“Era
um jogo complicado, por várias razões. A equipa do Alcochetense é constituída
por excelente jogadores, bem orientada pelo José Pedro e toda a estrutura
inerente a um clube que quer subir. Mas, à partida seria também um bom teste para
os jovens que tenho este ano e à equipa que tentámos formar por forma a
fazermos um campeonato mais tranquilo. Jogando em casa há sempre mais
possibilidade de equilibrar o jogo. Entrámos bem, sem medo, assumimos o jogo,
os jogadores estavam a ser competentes e acabámos por marcar cedo, facto que
deu também algum equilíbrio emocional aos miúdos. O Alcochetense fez o empate
cinco minutos depois do nosso golo, passou a controlar o meio campo,
aproximou-se mais da nossa baliza e marcou o segundo golo, dando a volta ao
marcador. Nós reagimos e conseguimos chegar ao empate ainda antes do intervalo.
Na segunda parte voltámos a entrar bem, poderíamos ter marcado o terceiro golo
mas isso não aconteceu e o Alcochetense num livre directo do Feiteira colocou-se
de novo em vantagem. Nós voltámos a reagir e acabámos também por fazer um
grande golo, num livre do Penha. Penso que foi um jogo intenso, competente de
ambas as partes, bons golos, bom futebol para o início da época. Os meus
jogadores estão de parabéns porque cumpriram e o empate ajusta-se ao que se
passou em campo”.
JOSÉ
PEDRO, treinador do Alcochetense:
“Jogo
de muitos duelos individuais e bolas paradas”
“Jogámos
num campo com dimensões reduzidas que tornou um jogo de muitos duelos
individuais, de muito contacto físico, muita disputa dos lances, muito jogo de
bola parada, muitos livres e lançamentos que colocam com facilidade a bola na
área e cantos. Penso que, tirando o golo do Willy, os restantes foram todos
alcançados de bola parada. Durante a semana preparámos o nosso modelo de jogo sabendo
que quem fosse mais forte ficaria mais próximo de ganhar. Nós estivemos por
duas vezes em vantagem e não a conseguimos segurar devido essencialmente às características
do campo que não é propício nem permite que se jogue o futebol habitual. Queríamos
ganhar para defender o título que conquistámos na época anterior, não foi possível
mas o importante foi a atitude e a postura competitiva que a equipa teve. No
fundo foi um jogo repartido em que a história passa pelos duelos individuais,
pela disputa de bola e pelas bolas paradas. O empate acaba por ser um resultado
justo tendo em conta o que se passou em campo”.
